Para onde foi minha capacidade de pensar?

Todos nós tivemos a experiência no dia a dia de fazer algo no calor da situação que lamentamos depois. Somos seres reativos. Nossa reação voa pela porta antes de podermos pegá-la. É como se nossa mente racional parasse e o que vem à tona não só nos surpreende, como também a todos à nossa volta. Acabamos dizendo: “Como eu pude fazer isso? Como eu pude dizer isso? O que eu estava pensando? Bem, na verdade, não estávamos pensando claramente, ficamos atordoados com uma reação emocional. Fomos raptados! O rapto da amídala é um termo criado no Inteligência Emocional de Daniel Goleman, seu primeiro livro sobre o assunto. A amídala é a parte emocional do cérebro que regula a resposta de luta, fuga ou congelamento. Quando ameaçada, pode responder irracionalmente. Uma corrida de hormônios do estresse inunda o corpo antes do córtex pré-frontal (CPF) poder mediar essa reação. O córtex pré-frontal regula o funcionamento executivo, que inclui compreender, decidir, lembrar, memorizar e inibir as emoções. É essencial para pensar nas coisas versus estar no “piloto automático”. O CPF é relativamente lento ao tomar decisões, ao passo que a amídala é rápida. Isto significa que sentimos antes de pensar! A amígdala pode anular o córtex pré-frontal com respostas automáticas descontroladas. Amy Arnsten relata que o CPF mantém o conteúdo da mente, especialmente aquele que nós mesmos geramos internamente. Contudo, tem limites, pois pode manter apenas alguns pensamentos. “Tem que ter tudo imediatamente ou não funciona bem”. Decidir e manter o que queremos ver acontecer enquanto inibimos muitas emoções e estresses drena sua capacidade pré-frontal e cria a base para um rapto da amígdala.

1/1/20251 min read